A primeira sessão da 18ª Legislatura , realizada no dia 5/12, aprovou um projeto e definiu quatro Comissões permanentes: Justiça e Redação, Finanças e Orçamento, Obras e Serviços Públicos e Educação, Saúde, Meio Ambiente e Ação Social.

A sessão plenária, primeira da 18ª Legislatura, realizou-se na terça-feira (5/12), de forma presencial, mas restrita à presença de vereadores e vereadoras, assessores, integrantes das Comissões e dos meios de comunicação, devido à pandemia de Corona Vírus. Foi observado o uso obrigatório de máscara, distanciamento social, disponibilizado álcool em gel 70° e o ambiente mantido ventilado.

Após as manifestações dos parlamentares, foram definidas as Comissões Permanentes de 2021, aprovadas pelos Edis, por unanimidade, com a formação que segue: Comissão de Justiça e Redação: Presidente: Alex Schmitt (PP); Relator: Fabiano Bergmann (PP), Membro: Márcio Dal Cin (PSDB). Comissão de Finanças e Orçamento: Presidente: Heitor Luiz Hoppe (PP); Relatora: Paula Thomas (PSDB); Membro: Deolí Gräff (PP). Comissão de Obras e Serviços Públicos: Presidente: Fabiano Bergmann (PP); Relator: Adriano da Rosa (PSB); Membro: Éder Spohr (MDB); Comissão de Educação, Saúde, Meio Ambiente e Ação Social: Presidente: Ana Rita da Silva Azambuja (MDB), Relator: Márcio Dal Cin (PSDB) e Membro: Antônio Marcos Schefer (MDB). 

Mesmo não havendo Ordem do Dia, por se tratar da primeira sessão plenária do ano, os (as) parlamentares concordaram com a sugestão do vereador Carlos Eduardo Ranzi (MDB), de votar o PLC 001/2021 (Autoriza a prorrogação dos contratos temporários de excepcional interesse público de dois monitores de creche e 02 dois professores de anos finais – ciências), que foi aprovada pelo presidente Isidoro Fornari Neto (PP). O projeto foi aprovado por unanimidade.

O presidente Isidoro Fornari Neto (PP) convocou a 2ª Sessão Plenária para a próxima terça-feira (12/12), às 17h, a ser realizada de forma presencial. Caso haja mudanças nos protocolos do Estado, mudanças poderão ser anunciadas. A Reunião das Comissões vai se realizar também na terça-feira, às 9h30, de forma presencial.


Acompanhe o pronunciamento dos vereadores na primeira sessão plenária de 2021.

O presidente Isidoro Fornari Neto (PP) lançou o objetivo para a 18ª Legislatura, na 1ª Sessão Plenária de 2021, realizada ontem (4/12). Com apoio da Mesa Diretora, pediu a colaboração dos vereadores para efetivar uma mudança conceitual na Câmara Municipal de Lajeado: “A partir de hoje se tem a comunidade de Lajeado como partido”, disse, ao sugerir que os 15 vereadores unam esforços para legislar em favor de Lajeado, colocando a comunidade em primeiro plano.

O presidente Isidoro Fornari Neto (PP) comentou sobre sua origem, interiorana, de Arvorezinha. Lembrou que veio de uma família de políticos. O pai foi candidato a prefeito, e os tios, prefeitos da cidade. Também, fez menção a sua caminhada política, que se iniciou há mais de 30 anos, segundo ele, por convite do então prefeito Cláudio Schumacher, passando ainda pelos governos de Carmen Regina Pereira Cardoso e Luís Fernando Schmidt. “Foram muitos aprendizados e experiências que contribuíram muito para chegar até aqui”, ressaltou.

Com relação à representatividade dos bairros na Câmara de Lajeado, o parlamentar enalteceu o fato de os bairros estarem representados na Casa, o que, segundo ele, permite ampliar o atendimento a toda a comunidade: “Cada um de nós representa uma parte da comunidade de Lajeado”.

Também, disse que os vereadores estarão na Câmara Municipal de Lajeado para representar os votos de todos os lajeadenses: “Nós somos vereadores para o melhor de Lajeado. Todos os projetos que essa Casa receberá deverá ter o crivo dos 15 vereadores para melhorar, para atender a nossa comunidade da forma mais adequada possível”, reforçou. E agradeceu: “Nosso agradecimento a Lajeado, pela oportunidade que Lajeado nos deu, de criarmos a nossa família”.

Outro tema que o presidente da Casa abordou foi a conquista de credibilidade junto à comunidade. “Que, passados esses quatro anos, que seja dado crédito à Câmara Municipal de Lajeado, pelo o que os vereadores fizeram para merecer essa credibilidade. É importante mudar essa opinião, que é de muitos do lado de fora, de que o político, todo ele é malandro, que todo ele é preguiçoso e que está só por receber o seu salário. Acho que essa é a nossa vontade, o nosso objetivo, também. E é com essa vontade que nós vamos trabalhar nesses quatro anos, com certeza, e com a colaboração de todos vocês, vereadores”, finalizou. O presidente agradeceu a presença do presidente da Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat), Diego Pretto (PP).

O vereador Heitor Hoppe (PP) saudou o presidente Isidoro Fornari Neto (PP) e o secretário Márcio Dal Cin (PSDB), demais vereadores, as vereadoras Ana e Paula, assessores e funcionários da Casa, a imprensa e a comunidade que assiste pelas redes. “Estou retornando pra Casa, de onde saí em 2016, pela vontade das urnas. A gente tem que respeitar, e estou muito feliz e honrado de poder retornar aqui. Sei que isso é feito a muitas mãos, por isso quero agradecer muito a minha família, a minha esposa aos meus filhos, que foram muito presentes nessa campanha. Eu tinha uma equipe pequena, também alguns apoiadores, muitos amigos e 832 eleitores que me confiaram o voto. E fazendo referência a todas essas pessoas eu quero citar o nome do seu Adão Nunes que foi o escudeiro fiel durante a campanha, trabalhou muito, é um senhor com muita experiência. Um dos motivos por eu estar aqui é pelo seu apoio, Adão.

Vou fazer o máximo para honrar com muita dignidade, com muito trabalho, e seriedade este mandato, porque eu sei exatamente a dimensão da nossa responsabilidade. Eu sou um entre 15 representantes de 85 mil pessoas de uma cidade como Lajeado, que é um pólo, uma referência regional, estadual e, também, precisamos ser uma referência na questão do legislativo. E eu levo muito a sério isso, porque nós precisamos dar o exemplo.

Eu quero cumprir o meu papel como vereador, pautado sempre em ideias propositivas, pautado sempre em assuntos positivos – sim, virão projetos, assuntos polêmicos – mas, eu quero legislar e fiscalizar o Executivo dentro de parâmetros éticos, pautados na Lei, e sempre pensando na comunidade que está lá fora esperando muito de nós aqui. Então Legislativo e Executivo, sim, nós somos independentes, mas, nós temos que ter muita harmonia. Jamais o vereador Heitor Hoppe fará oposição a um de vocês aqui dentro, mesmo sendo da base aliada do Executivo. Mas não farei vistas grossas para fiscalizar as atividades do Executivo. Este foi o compromisso que assumi com a comunidade.

Precisamos, sim, fazer isso, mas de uma forma muito respeitosa, jamais sermos agressivos, levantarmos polêmicas, pautados em uma opinião aí da rua. Sempre que trazemos um assunto que contraria um projeto de executivo, nós temos que buscar informação antes, e eu quero fazer isso. Quero dizer também, eu quero ouvir a comunidade, nós como lideranças temos que ter esse compromisso de conscientizar a comunidade que nem tudo é responsabilidade do poder público, eu não quero estar aqui jogando pra torcida, levantando polêmicas, jogando a opinião pública contra instituições, contra secretarias, contra o Executivo, contra outro colega vereador, por interesses pessoais ou do meu partido. Nós temos que dizer sim. Cada cidadão tem que fazer a sua parte. Eu quero ouvir a comunidade, mas temos que orientar a comunidade que nem tudo é responsabilidade do executivo, o cidadão também tem que fazer a sua parte. Para finalizar, agradeço a Deus por estar aqui, e quero que Deus me ilumine para, mesmo em situações polêmicas, poder tomar as melhores decisões”.

O vereador reeleito Sérgio Kniphoff (PT) fez agradecimentos à Mesa Diretora, aos assessores, e salientou: “democracia tem que imperar e o respeito às opiniões têm que existir”, referindo-se à Casa Legislativa. Apresentou os integrantes do seu gabinete e o colocou à disposição da comunidade e dos colegas. Lembrou do trabalho de 10 anos de assessor Lucas Anne, e elogiou todo o trabalho realizado nesse período, informando que Lucas decidiu por dedicar-se a sua profissão, de engenheiro ambiental.

Kniphoff seguiu seu comentário referindo-se à Covid-19, e ressaltou a necessidade de as pessoas continuarem com os cuidados para prevenir o contágio do coronavírus. “Hoje o país vive o pior momento desde abril, por conta das aglomerações dos feriados de final de ano, os números tiveram expressiva piora, o que merece atenção de todos.” Lembrou da importância de não retirar a máscara ao falar, e de evitar aglomerações.

O vereador disse que enviou requerimento pedindo informações sobre uma situação que vem acontecendo em Lajeado. “Nós temos que considerar o excelente trabalho realizado pelo Bope e pela Draco, em Lajeado, mas temos que considerar que o erro é possível. Entretanto, está aparecendo cada vez mais queixas de pessoas nas redes sociais que estão sendo vítimas de uma abordagem turbulenta por alguns poucos soldados, em casa de trabalhadores da cidade. Só que esse comportamento turbulento acaba manchando o nome de toda a corporação, de uma forma injusta, inclusive, porque temos excelentes soldados, éticos e corretos, atuando dentro das corporações dessas entidades. A minha dúvida é a seguinte: de quem é a responsabilidade sobre os efeitos colaterais disso que está acontecendo, já que o erro é humano. De quem é a responsabilidade pelos danos físicos e morais e materiais e que medidas estão sendo tomadas pela Secretaria de Segurança Pública e do Gabinete de Gestão Integrada para tentar evitar que esses eventos veem a acontecer novamente em Lajeado?

O vereador Deolí Gräff (PP) iniciou sua fala com agradecimento aos eleitores, pela confiança, e disse que vai retribuir com trabalho. “Busquei minha eleição como vereador não para ter poder, mas, sim, para poder servir a comunidade de Lajeado como servidor público da Câmara de Vereadores”, ressaltou.

Também prestou homenagem a sua terra natal, Arroio do Meio, e saudou o prefeito Danilo Bruxel. Lembrou que estudou no Seminário Sagrado Coração de Jesus de Arroio do Meio, e disse ser muito grato a muitas pessoas, em especial ao professor de português, Roque Danilo Bersch.

Ao lembrar de sua trajetória, até chegar a vereador eleito de Lajeado, lembrou de quando chegou na cidade, em 1981, quando adotou Lajeado como cidade para viver. “Devo gratidão ao jornal O Informativo do Vale, e cito o diretor do Osvaldo Carlos Van Leuwen, por quem sou imensamente grato por tudo o que me ensinou no jornalismo. Então, para ele, vai meu tríplice fraternal abraço.” Também agradeceu à família, à esposa Tânia, aos filhos Guilherme e Natália: “são as pessoas mais importantes da minha vida”.  

Gräff reforçou que nestes quatro anos de vereança quer usar muito as palavras diálogo, austeridade e transparência. E chamou os eleitores à responsabilidade: “O eleitor é tão responsável pelo seu voto, quanto o candidato que o recebe. O compromisso do eleitor não terminou no dia da votação, ele precisa ajudar a cada um de nós, os eleitos, a sermos vereadores. Queremos que participem ativamente nas atividades da Câmara de Lajeado, agora, em tempos de pandemia, através das transmissões ao vido das sessões plenárias na página do Facebook da Câmara municipal de Lajeado e nas redes sociais dos vereadores, e pelos meios de comunicação, como também, pelas redes sociais da Câmara.” Elogiou a campanha do CDL de Natal, pelo viés social, bem como o Lajeado Brilha e o Natal do Coração.

O vereador Adriano da Rosa (PSB) agradeceu a todos que confiaram o voto a ele, às pessoas do PSB. “Sou o primeiro vereador do partido eleito em Lajeado. Quero dizer que conto com o apoio de todos os colegas, e me coloco à disposição de todos para fazermos uma boa gestão”, finalizou.

O vereador reeleito Fabiano Bergmann (PP) agradeceu à família pelo apoio. Anunciou que recebeu convite do prefeito Marcelo Caumo e da vice-prefeita Gláucia Schumacher, para ocupar o cargo de secretário de Obras: “O desafio é grande. Farei de tudo para que consiga atender o pedido de vocês {vereadores} porque são pedidos da comunidade, e o vereador é o filtro entre a comunidade e o executivo. Estarei sempre com as portas abertas. Dizer aos eleitores que não são só eles que eu preciso atender, são mais de 84 mil pessoas. Não é fácil a gente colocar a cara à disposição, mas é o dever de toda a comunidade”.

Bergmann comentou que considera o trabalho dos presidentes de bairros muito importante, e que deveriam ser remunerados, pois auxiliam muito o município. “No retorno à secretaria, na semana que vem, deixar o agradecimento aos funcionários, pelo trabalho da equipe. Lá não tem hora, não tem dia. Agradeço a todos os servidores que fizeram parte dessa caminhada, e aos coordenadores”, finalizou.  

O vereador reeleito Éder Spohr (MDB), se disse honrado por estar novamente na Câmara de Lajeado. “Todos pensamos quando entramos aqui pensando em fazer o melhor. Muitas vezes a gente não se consegue agradar a todos”. Spohr disse que a discussão saudável vai continuar, pois é importante. Agradeceu à mãe, aos irmãos e assessores.

Sobre a Covid-19, Éder ressaltou a importância de os protocolos de prevenção serem seguidos, muito mais nos locais de atendimento, como o caso da UPA. Segundo ele, esteve na UPA para atendimento e, na sala de espera, o distanciamento não acontecia. “Mais ou menos nuns 70 metros quadrados, tínhamos 27 pessoas, com certeza deve ser o lugar mais perigoso de Lajeado. Até sugeri que colocassem bancos do lado de fora. E a prefeitura que deveria dar exemplo, enquanto isso chegou um senhor que disse estar com Covid, a gente precisa rever isso”, ressaltou.  

O vereador reeleito Antônio Marcos Schefer (MDB) saudar a Mesa Diretora, colegas vereadores e vereadoras e a comunidade. “Agradeço a todas as pessoas que confiaram a mim mais um mandato, e dizer a eles e aos colegas que estarei à disposição deles em qualquer lugar dessa cidade, aqui na rua, para trazer reivindicações, críticas e problemas da cidade. A comunidade quer resultados, para isso é que nos elegeram”.

Schefer cobrou providências para as comunidades dos bairros Conservas (faltam remédios para diabéticos), Olarias (faltam médicos) e Conventos (limpeza e roçadas, para evitar a presença, inclusive, de cobras). Também solicitou limpeza e roçadas nas praças de todos os bairros. Comentou que a cobrança de imposto sobre iluminação pública foi renovado, e as pessoas estão cobrando o serviço. “O povo paga, mas, cobra”.

O vereador Alex Schmitt (PP) cumprimentou a eleição da Mesa Diretora, pela votação unânime, e o vereador Deolí, que representou a bancada na solenidade de posse. “Estou aqui porque acredito na política, política baseada em evidências, e com foco no resultado. E comigo, meu agradecimento, aos 1393 votos que me deram a oportunidade de estar aqui representado a voz de quem produz”.

O parlamentar salientou sobre a importância vereadores e vereadoras terem um propósito claro, para fazer um trabalho conjunto. “É hora de esquecermos projetos pessoais e projetos partidários e pensarmos em Lajeado, acima de tudo. O prefeito Marcelo e a vice-prefeita Gláucia através dessa forma de trabalho tiveram muitas entregas nesses últimos quatro anos, e essas entregas foram reconhecidas nas urnas com a expressiva votação que alcançaram. Presidente Fornari, o ambiente para progredirmos está posto. vou citar um exemplo, como o Simplifica Lajeado, o Pro-Move Lajeado, que estão sendo tocados aí com a supervisão do secretário André Bücker. A estruturação do Governo Digital, que a secretária Elis Ross tem muito bem conduzido, são marcos importantes para que nós possamos progredir no avanço de uma cidade cada vez melhor. Mais resultados ainda estão por vir, desta gestão que se encerrou e foi entregue há pouco tempo. Provavelmente, nós teremos ainda um bom superávit do ano de 2020, o que nos possibilitará nesta próxima gestão outros tantos investimentos. Vereador Fabiano, investimentos que vão nos permitir investir bastante no calçamento comunitário, onde tua atuação foi destaque, nessa gestão que se encerrou, que vão nos possibilitar participar de outros projetos, como o Avançar Cidades, onde tua participação foi fundamental. Vamos poder trabalhar também na ampliação de mais vagas na Educação: a secretária Vera teve uma entrega importante nós tivemos quase 1400 vagas criadas nessa última gestão, podemos evoluir ainda mais nisso. E nesse ponto da Educação, eu gostaria de destacar um projeto que eu tenho um carinho todo especial, que é a forma de prestar educação que está sendo implementada na Emei Santo Antônio, onde eu tive o prazer e o privilégio de participar da construção desse projeto, em parceria com a Univates. As crianças de um dos bairros mais carentes da cidade terão acesso a uma educação de ótima qualidade, numa parceria público-privada, que certamente vai dar certo.

Para seguir, teremos outros temas importantes, que nós precisaremos enfrentar. Um deles, eu já destaquei durante a campanha, é a Liberdade Econômica. No meu entendimento, a exigência legal da intervenção dos sindicatos nos acordos, onera tanto os trabalhadores, quanto os empreendedores. Nós somos uma das setes cidades do Rio Grande do Sul que tem a restrição municipal. Eu entendo que nós precisamos trabalhar isso porque, a meu ver, isto não é liberdade econômica. Nos precisamos discutir, em função do Marco Legal do Saneamento Básico, nossos problemas históricos de abastecimento de água e tratamento de esgoto. Também é um tema de suma relevância que nós teremos que tratar neste ano ainda.

Mensagem final é que nós progredimos, mas ainda há muito o que fazer. Sou parceiro para o diálogo, independente de quem fizer a proposição, pra discutir as ideias. Na JCI a gente aprende que é preciso criar atuação para criar mudanças positivas na sociedade onde a gente está inserido. E é por isso que eu estou aqui, para ter uma política de diálogo, com foco no resultado, e que traga mudanças positivas que melhore a qualidade de vida do nosso cidadão.

O vereador reeleito, Lorival Silveira (PP) iniciou sua manifestação agradecendo a todos que o apoiaram no último pleito, pela confiança no seu projeto. Informou que vai continuar trabalhando com seus dois assessores, como sempre trabalhou. “Na pessoa do Adriano Rosa, agradecer todo o pessoal da Br-F, grande parte da minha votação aos funcionários daquela empresa”. Com relação ao projeto de Liberdade Econômica, o vereador disse que foi sancionado, e o prefeito silenciou. “Tive a honra de sancionar o projeto. Não podemos confundir liberdade econômica com código de posturas. O horário de trabalho é código de posturas, e não podemos pensar só no capitalismo, em ganhar dinheiro. Tem que pensar nas pessoas, no fator humano, no convívio com a família. Isto que nós temos que discutir nesta casa, o que as pessoas necessitam? Quando elas vão compartilhar as suas vidas com seus familiares? Não se resume só em dinheiro, só em ganho. Porque eu vejo, assim que divulgam a liberdade econômica, um baita projeto, com grandes modificações para o empreendedor, mas só falam do horário que querem que as pessoas vão trabalhar no domingo. E isso eu sou contra, e vou trabalhar nessa casa, e quero o apoio dos senhores vereadores, nesse sentido. Pensar no bem-estar das pessoas”.

O vereador falou sobre um requerimento ao prefeito municipal ou a esta Casa, o qual sugira um projeto de lei que garanta infraestrutura completa nos loteamentos para evitar falta de água. “Como aconteceu neste Natal, que em alguns bairros da cidade a água voltou às 21 horas”, reclamou indignado.

Segundo o vereador, é nisso que os vereadores e vereadoras têm que pensar: “Na qualidade de vida das pessoas e não em que elas trabalhem aos domingos. A Corsan que nos envie, se existe um plano de ação para resolver esse problema que nos afeta há anos, em vários bairros da cidade. E se tem esse plano de ação, quando ele vai ser implementado, porque faz mais de dois anos que eu estou nesse microfone falando da falta de águe em Lajeado. E sempre acontece nos bairros mais pobres. Então, essa Câmara tem que pegar essa bandeira, presidente Fornari, e pedir apoio, na Assembleia, será que não consegue fazer um reservatório. Aí vem o vereador Sérgio falar em Covid, se as pessoas não têm água para tomar banho, não conseguem nem lavar as mãos.

Mas, é fácil de resolver isso. Vamos começar pela nossa casa. Pegar nossos 15 vereadores, nosso prefeito, nossos deputados, irmos à Porto Alegre, ou a população vai ter que começar a invadir a Câmara de Vereadores para nós começarmos a nos mobilizar? Acho que não se precisa chegar a esse ponto. Temos que reconhecer e elogiar o governo do prefeito Marcelo e da vice Gláucia, mas tem muita coisa por fazer também. Falar em superávit, vamos investir esse superávit, na qualidade de vida das pessoas. Dêem uma volta na nossa cidade, aí vão perceber quanto de infraestrutura está faltando para essas famílias.”

A vereadora Ana Rita da Silva Azambuja (MDB) saudou os presentes e lamentou a impossibilidade de ter a presença da mãe e dos filhos em sua primeira sessão plenária, devido à pandemia de Covid-19.

“Graças a minha mãe eu aprendi que o mundo não pertence somente a nós, e que se a gente puder passar por aqui, contribuir, e fazer um pouquinho pra todos, que valeu a pena a nossa passagem”.

De origem humilde, minha mãe fazia pão e bolacha. O que eu fazia aos sábados, ao contrário das crianças da minha idade, era ir a bairros carentes distribuir o pão, a bolacha, e conversar com essas pessoas, dar atenção, ouvir elas também.

Então, minha gratidão ao que a minha mão ensinou, sinto por meus filhos também não puderem estar aqui. A família é tudo pra mim. São eles que, por seis anos, e meus amigos, que tiveram a minha ausência porque eu estava tentando salvar uma vida, ou vidas, minha mãe que eu não visito há muito tempo, porque eu não tenho como me ausentar, se eu tenho 280 cães pra cuidar, 24 horas do dia, e fico muito triste por isso. Mas, enfim, não teria como ter realizado esse trabalho se não abrisse mão de muitas coisas da minha vida.

Gostaria de agradecer ao vereador Ranzi, pelo incentivo à minha candidatura. Agradecer a todas as pessoas que confiaram em mim. Eu não fiz campanha, então foi uma grande surpresa eu ser a mais votada no município. Mas a minha campanha começou há seis anos, quando eu iniciei esse trabalho. Que não é em prol de cães e gatos, mas em prol da vida de todos os animais. Estou muito feliz de estar com vocês, pelo posicionamento de colocarmos Lajeado à frente de tudo. É uma nova caminhada, que vou seguir com a ajuda de todos.

Hoje eu apresento meu primeiro projeto, e gostaria de salientar a grande importância desse projeto: do senso animal. Em Lajeado, há muito sofrimento de animais. Ter a oportunidade de conviver com os animais e, mesmo eles não falando, eu poder entender o que eles querem me dizer, isso é algo que não tem preço. Porque o olhar de todo o animal que é abandonado é de dor, sim, é de sofrimento. É por isso que a minha bandeira principal é a causa animal e, a minha intenção, é mesmo que a gente possa trabalhar com a redução do abandono, dos maus-tratos, do abandono dos animais. Senso animal é o projeto base, para que a gente possa reduzir esses números que são gritantes. É muito triste tu ver um animal na rua, que tinha uma casa, e é jogado na rua, e tem que ficar na rua, perambulando, tentando conseguir água, comida, sem destino. O olhar de um animal que foi jogado na rua, como se fosse lixo, não tem como explicar, é muito triste.

E o segundo projeto que eu gostaria de apresentar nessa casa é um projeto que já tramitou em 2018, que regulamenta a instalação e o uso de parklets (mini praças que ocupam o lugar de uma ou duas vagas de estacionamento em vias públicas) no município de Lajeado”.

A vereadora Paula Thomas (PSDB) iniciou sua manifestação fazendo uma relação entre diálogos e divergências. “Que possamos dialogar para com a divergência construir. As nossas trocas de ideias são muito importantes, e por isso, desde já, me coloco à disposição para dialogar, mesmo que não pensemos igual. E a gente passou por quatro anos de um governo bom, foram quatro anos positivos, mas os próximos quatro teremos muito a fazer. Muitos citaram a questão da água, que algo mínimo, saneamento, que é básico, estamos falando de águam que é questão de saúde e de qualidade de vida. E a gente tem hoje em Lajeado uma qualidade de vida alta tem dificuldade de abastecimento em alguns bairros. Acho que a gente tem muita força, enquanto legislativo, para tentar fazer com que as autoridades, seja a Corsan ou a própria Prefeitura”.

A vereadora Paula se disse feliz pelo projeto dos parklets. “Ana fico muito feliz com o teu projeto dos Parklets porque, em 2018, o projeto foi rejeitado, até por alguns que aqui estão. Espero que a gente possa discutir novamente, trazer novamente e tentar aprovar, porque isso é desenvolvimento e bem estar pra cidade. A gente fala muito dos bairros do centro, mas a gente tem que evoluir para poder crescer, e eu acho que os parklets são uma oportunidade de desenvolvimento. Conta comigo. E entender quem o negou, porque o negou para que a gente possa construir uma nova proposta. Fico muito feliz por estar aqui representando mais de 84 mil pessoas, me coloco entre os nove nomes novos, conto com vocês todos, para aprender e a ensinar, porque ninguém é dono da verdade. Estamos sempre à disposição para conversar, agora, nesse período de pandemia, para maior proteção de todos, podemos usar aplicativos, telefone, enfim, várias opções”.

O vereador Jones Vavá (MDB), expressou satisfação em sentar-me na cadeira de vereador. “Foram quatro anos como suplente, acompanhando o trabalho dos vereadores durante todo esse período. Quero cumpri minhas obrigações, e certamente honrar os 1146 votos que recebi, e de toda a comunidade lajeadense”.

Vavá iniciou sua atividade legislativa ao solicitar ao presidente Fornari (PP) a lista atualizada da fila de espera das creches de Lajeado. “Acredita-se que a fila deve ter aumentado muito, pois, desde o ano passado, mesmo com a pandemia, a lista de espera já era extensa. No final do ano, com a possibilidade de solicitação de vagas via internet, a situação tende a ter se agravado, e nós podemos auxiliar para, se não resolver, amenizar o problema”, comentou o vereador.

Também solicitou ao presidente posicionamento da Sesa quanto a exames, cirurgias eletivas e consultas, que em 2020 deixaram de ser efetivadas na rede pública em função da Covid-19. Mas, na rede privada, seguiam normais. Queremos saber se o vírus ataca só no SUS”. O vereador lembrou que vai executar um projeto que prevê visitas aos bairros, durante os quatro anos do seu mandato, uma semana em cada bairro, com o objetivo de conhecer mais profundamente a realidade de cada comunidade. Para tanto, reafirmou, que vai manter dois assessores em seu gabinete.

O vereador reeleito, Carlos Eduardo Ranzi (MDB) comentou sobre a responsabilidade dos vereadores eleitos. “Esses 15 vereadores que eleitos foram, têm a incumbência de fazer o município melhor. A região também espera muito do município”. Sobre o trabalho dos vereadores, Ranzi salientou: “Nós trabalhamos aqui com as pessoas, com a dor das pessoas. São elas que mais buscam o poder executivo e o legislativo como apoio, e a gente tenta fazer ecoar aquele pedido inicial deles”.

Ranzi reforça que o trabalho do vereador é bastante legislativo: “É bastante de analisar o que está sendo votado, porque a gente reclama muito das leis, que favorecem demais alguns, mas, não lembramos que um dia essa lei foi votada numa Câmara assim como a nossa, talvez Estadual, Federal ou no Senado. E passou porque ninguém estava atento àquilo que se estava votando. Muito mais, estava preocupado com o que o outro estava fazendo ou deixando de fazer. Eu acho que sim, devemos ser de leis mais do que de homens. Devemos trabalhar para o futuro da nossa cidade, afinal, estamos sendo pagos para fazer isso, e devemos fazer bem.

Quando se vira vereador e se visita outra cidade, se começa a analisar tudo, se o estacionamento é pago ou rotativo e, como está sendo a limpeza e a iluminação. Então, essa percepção começa a acontecer. Essa sessão é muito disso, de a gente falar o que se espera para o futuro. Para analisarmos daqui quatro anos, se acertamos ou erramos”.

O vereador Márcio Dal Cin (PSDB) fez uma reflexão sobre a possibilidade de os vereadores perceberem as formas distintas de perceberem a vida como um diferencial importante e positivo para construírem um ambiente rico em ideias e ações inovadoras. “O que significa estar aqui, nesta cadeira que é só minha. Significa a realização de um projeto. Há seis ou sete anos eu decidi que queria ser vereador em Lajeado. Por um bom tempo eu assistia as sessões da Câmara Municipal. Numa determinada situação do vereador Ranzi, ouvi dele que a gente precisa estar perto dos nossos sonhos. E a partir daí, começa um movimento de pensar e planejar de que forma eu conseguiria ser vereador na cidade de Lajeado. O que eu deveria fazer e a forma como eu deveria fazer. Por mais que a vida tenha me passado a perna, algumas vezes, eu decidi aproveitar isso e fazer do limão uma limonada, muito pelo contrário, ela é uma oportunidade. Uma oportunidade fazer as coisas diferentes do que normalmente eu fazia. Uma oportunidade estar digitando no note não com a ponta dos dedos, mas com o meio dos dedos. Uma oportunidade de me adaptar a tudo aquilo que antes parecia simples e comum como ir ao banheiro fazer xixi. Hoje eu faço xixi diferente do que todo mundo aqui. Mas eu faço do meu jeito. O que eu quero dizer com isso.

Que cada um tem um pensamento, uma forma de agir, uma forma de seguir a vida, e que nesse ambiente da câmara de vereadores, essas diferenças elas não precisam se tornar divergências ou problemas, que essas divergências elas podem ser somadas com um objetivo comum, que é fazer da cidade de Lajeado uma cidade referência, fazer o melhor possível para a população de Lajeado. Lajeado é hoje a sexta cidade em qualidade de vida no Brasil, porém, existe muita desigualdade. Isso faz com que o orgulho que a gente sente por isso acabe ofuscado. A sexta cidade melhor para se viver no Brasi, mas tem problema de falta de água em 2020. É o básico, gente, e a gente não consegue resolver. Saneamento básico. Mas muitas coisas estão evoluindo, a escola ali no Santo Antônio ela é um marco importantíssimo. A possibilidade de aquelas crianças terem uma escola com dignidade, não que a as outras não sejam, muito pelo contrário. Estudo e qualificação para preparar eles melhor para a vida.

Estar aqui significa que, quando a gente planeja, se propõe a fazer e age, a gente consegue chegar nos objetivos, tanto micro, quanto médios quanto macros. Existem problemas que não podem esperar em Lajeado, como é a questão da água. Precisa ser resolvido de forma urgente. Assim, a acessibilidade na cidade. Desde o governo do Schmidt, gente conversava sobre acessibilidade, sobre fazer uma rampa bem feita para acessar uma calçada. Durante o governo do Marcelo, a gente conversou com a secretaria do Planejamento, a gente foi lá, conversou, mostrou umas fotos, como deveria ser, e depois foi feito de uma forma errada. Hoje, eu não consigo andar por duas quadras seguidas numa calçada em Lajeado. Eu tenho uma cadeira de rodas motorizadas, imagina uma pessoa de idade, um cadeirante que tem que ele mesmo tocar a sua cadeira com a mão, não sai de casa. E é por isso que existem as desigualdades, porque aquele cara que não consegue sair de casa, talvez seja um cara inteligente, cheio de ideias cheio de projetos, cheio de vida, mas ele não consegue, porque o sistema não deixa. Que a gente possa nesse espaço debater ideias e projetos.”

Fonte: Assessoria de Imprensa

Data de publicação: 06/01/2021

Créditos: Aline Schmidt

Créditos das Fotos: Aline Schmidt

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