Postes na Rua Julio de Castilhos causam indignação nos vereadores

Em sessão ordinária realizada terça-feira (06), na Câmara de Vereadores, os parlamentares mostraram-se indignados com a obra de revitalização da rede elétrica da Rua Julio de Castilhos, no Centro de Lajeado, que está em andamento.

A AES Sul está colocando 60 novos postes de concreto entre a Rua Osvaldo Aranha e a Avenida Senador Alberto Pasqualini. A quantidade de transformadores será aumentada de dez para 16. O investimento da companhia de energia elétrica é de R$ 500 mil. Os vereadores alegam que os postes, além de interferirem na estética da cidade, foram feitos sem ouvir a opinião da comunidade. Eloede Conzatti (PT) sugeriu que o projeto fosse revisto porque mudou completamente as características da cidade. Círio Schneider (PP) se manifestou dizendo que a comunidade foi pega de surpresa. "Agora, todos os comerciantes, visitantes e moradores terão que conviver com essa sequência de postes que mais parecem um Muro de Berlim", desabafou. Lorival Silveira (PP) discordou da maioria dizendo que o projeto foi discutido com a parte da sociedade interessada, Seplan, CDL e Acil. "Como agora querem culpar a prefeita?", questionou.

Delmar Portz (PSDB) sugeriu que a obra fosse embargada. "Nós não fomos chamados para discutir o projeto. Tenho certeza de que a bomba vai cair em cima de nós. É ridículo isso. Uma empresa do porte da AES Sul não pode cometer um erro deste. Tem que fazer um embargo judicial e providenciar uma rede subterrânea", completou. A obra deverá está concluída até o dia 10 de dezembro.

Outro tema polêmico foi a aprovação do projeto de lei que redefine as delimitações entre os bairros Jardim do Cedro e Santo Antônio. Em mensagem justificativa, o Executivo diz que na atual descrição consta que a leste, na direção sul, a divisa do Bairro Jardim do Cedro chega à propriedade de Theobaldo Eckhardt e Escola Profissionalizante Trezentos de Gidion, seguindo pela referida divisa até a divisa norte das terras de Nelson Eckert, quando, na verdade, deveria ser até a divisa sul das terras de Nelson Eckert, o que seria lógico e correto.

Desta forma, torna-se necessário corrigir a divisa sul do Bairro Jardim do Cedro e a divisa norte do Bairro Santo Antônio com o intuito de evitar novas incorreções nos documentos oficiais fornecidos pela Secretaria de Planejamento e Fazenda.

O presidente Adriel Reinke (PSDB) tentou adiar a votação, mas teve pedido de vistas derrubado pelos demais vereadores. Segundo ele, a aprovação do projeto seria discriminatória. "Vocês não podem tomar um pedaço do Bairro Santo Antônio. Vocês vão trocar a divisa do bairro porque uma loteadora quer. Agora que colocaram casas e prédios tem que ser Jardim do Cedro?", desabafou Adriel.

Sérgio Kniphoff (PT) reforçou o discurso do presidente concordando que o projeto era discriminatório. Ele acredita que quem comprou imóvel na área não se sente encorajado a dizer que está localizado no Santo Antônio. "O que está sendo motivado aqui é o endereço", atestou o petista. Antônio Scheffer (PTB) tentou evitar a polêmica dizendo que conhece o bairro há 42 anos e isso era somente um erro da prefeitura. Mas mesmo com todo o esforço do presidente em convencer os colegas, o projeto foi aprovado.



Na sequência, outros dois projetos foram aprovados. Um deles, por acordo de lideranças, autoriza o Poder Executivo a abrir um Crédito Suplementar de R$ 492.110,00, a ser dividido entre as secretarias de Trabalho, Habitação e Assistência Social; de Cultura e Turismo; de Administração e Fazenda, e outro que autoriza o Poder Executivo a incluir metas no PPA 2010/2013 e LDO 2012, a abrir Crédito Especial de R$ 726 mil e de Crédito Suplementar de R$ 955 mil para a área da educação. Os R$ 132 mil servirão para aquisição de um ônibus escolar com boxe para cadeira de rodas e R$ 630 mil para compra de imóveis. Outros R$ 955 mil servirão para a manutenção da Secretaria de Educação, das escolas de Ensino Fundamental e das escolas e merenda escolar da Educação Infantil.

Data de publicação: 06/11/2012