Na manhã desta quarta-feira, no Plenário Municipal, a direção do Fórum Municipal de Enfrentamento à Drogadição de Lajeado se reuniu com vereadores,...



Na manhã desta quarta-feira, no Plenário Municipal, a direção do Fórum Municipal de Enfrentamento à Drogadição de Lajeado se reuniu com vereadores, secretários municipais, representantes de entidades e órgãos oficiais, bem como comunidade interessada para discutir, juntamente com o médico psiquiatra e consultor Rogério Horta, o desenvolvimento do Fórum e os parceiros e etapas conquistadas desde a fundação do mesmo, em 2009. Na ocasião, o coordenador do movimento, Promotor Sérgio Diefenbach, salientou a importância do envolvimento de mais parceiros, bem como o fortalecimento da comunidade neste processo de enfrentamento e busca de informações e ideias. "A sociedade organizada tem o direito de participar do Fórum e uma obrigação social". Segundo ele, Lajeado é uma sociedade ordeira, que gosta do progresso e organização. "Procuramos um perfil de qualidade técnico e queremos manter o município no patamar em que ele se encontra, ou seja, uma cidade agradável e boa de se viver", opinou. Diefenbach também revelou o resultado de uma pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Educação – SED, onde se constatou uma perda de 60% dos alunos no Ensino Médio. "O próximo passo será descobrir para onde estão indo estes adolescentes, e o que não os motiva a continuar em sala de aula", informou.



De acordo com Horta, o Fórum já possui alguns méritos, como: capacidade de tornar presente o Estado, valoriza a cultura local, resgata e promove vínculos, desenvolve habilidades, além de poder estabelecer alternativas de lazer, regulação do mercado e políticas setoriais e institucionais. Também, segundo ele, existem metas já traçadas como a garantia de viabilidade dos projetos e ações (grupos de coordenação, consultoria com núcleos, material de campanha e projeto Falação); fotografar a realidade local (capacidade na rede de saúde e escolar e relatório do Falação); dar capilaridade comunitária ao Programa; gerenciar situações problema (falta de serviço especializado, regularização e inclusão no sistema público de comunidades terapêuticas e outros serviços, reduzida oferta de leitos) e restrições à circulação e ao consumo de drogas segundo indicadores locais. "Através do programa Falação descobrimos algumas carências, problemáticas e opiniões sobre a qualificação dos serviços prestados, segundo a comunidade", revelou, salientando que alguns foram recebidos com surpresa como o fato de a população tratar com naturalidade o consumo de álcool.



As propostas apresentadas para 2011 foram divididas em quatro setores:



Educação – instalação de Conselhos locais de Segurança Escolar, articulação intersetorial para estudo e encaminhamento de situações críticas, expansão do PROERD e confirmação da cobertura de matrículas e relação de evasão com diagnóstico detalhado no Ensino Médio.



Saúde – definição da taxa de ocupação dos serviços, ampliação da oferta de leitos, inclusão da atenção básica e pactuação de fluxos razoáveis e otimização do aproveitamento dos leitos de média e longa permanência.



Comunidade – capacitação e início de ações de policiamento comunitário, capacitação de agentes públicos, mapeamento das áreas de risco, ocupação territorial e ampliação das ações repreensivas.



Geral – dar continuidade à consultoria, realização de uma pesquisa (prevalência e início do consumo de drogas) e continuidade do projeto Falação.



Por fim, os presentes puderam discutir e opinar sobre os dados apresentados, além de sugerir algumas alternativas para o melhoramento do Fórum e diminuição da drogadição no município.

Data de publicação: 01/12/2010

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